sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

“Romance em Madame Tussauds”

Ao meio-dia ouve-se da praça o sinal da fábrica avisando o horário de almoço para os seus operários. Ali mesmo, na praça, em volta das mulheres charmosas, crianças brincam e correm, um pouco mais distante, os homens admiram aquelas mulheres serenas com olhares tão reluzentes, risadas podem ser ouvidas daquelas mulheres e alguns olhares são trocados pelos dois grupos.
O carteiro, que sempre tinha o costume de tomar um sorvete na hora do almoço, se aproxima até a barraca de sorvete e como sempre pede o de creme com morango. Em instantes se aproxima Clara, jovem linda de origem italiana, pele clara e rosto que parecia ter sido esculpido, olhos tão azuis quanto o céu.
Clara olha para o carteiro e lhe entrega um bilhete, o qual não permitiu a leitura a não ser pelo jovem que lá do outro lado da praça podia ser visto num grupo de homens que estavam conversando. Clara lhe dá algumas informações de como era o belo homem que deveria receber o bilhete escrito e perfumado por ela:
—Esse bilhete, seu carteiro, deverá ser entregue ao homem que traja um terno preto e chapéu listrado.
O carteiro, porém, pede para Clara ser mais específica, que pelo menos lhe dissesse o nome do rapaz, mas a moça nada sabia além das descrições que já havia dito.
O bilhete foi entregue ao rapaz descrito por ela. “É seu sorriso que eu quero ver, me encontre hoje às sete da noite no museu Madame Tussauds” - ao ler esse bilhete, o rapaz sorri e fica curioso. Poderia ser uma brincadeira de mau gosto. “Veremos, então” disse para si.
Quando é chegada a hora, Clara, a passos largos, vai ao museu de Madame Tussauds. A noite estava perfeita para aquela ocasião, e em sua cabeça rondava os pensamentos de dúvida, medo e ansiedade de ver aquele homem que não lhe saía da cabeça. Ao subir desesperadamente as escadarias do museu, Clara se deparou com um homem de chapéu listrado observando Elizabeth I. Antes que o rapaz a perceba, diz:
— Não é assustador?
Ele se vira e, surpreso com a formosura da jovem, responde:
— Sim, é de dar medo.
— Qual é seu nome?
Ele se apresenta com uma voz grave, porém agradável:
—Tom! Encantado, beija-lhe a mão.
— Clara. Muito prazer, dá uma piscadela.
Tom pega na mão de Clara com doçura e a conduz pelos corredores do museu que exibia grandes obras, caminhando por aqueles corredores os dois estavam bem apaixonados, entre uma palavra e outra, Clara sentia aquele momento tão único que era como se eles tivessem se conhecido há muito tempo. Olhos denunciavam: ela despertara algo nele, e ele despertara algo nela.
As horas, que para eles pareciam não ter importância, passavam, e o momento de ir embora se aproximava. O segurança do museu chega até eles e os avisa que em breve o museu terá que ser fechado. Tom encara-a com o seu desejo de beijá-la cada vez mais intenso, e ao aproximar os seus lábios nos lábios rosados de Clara, interrompe o segurança, pedindo para que se retirem. Clara então, vermelha, pousa o braço no peito de Tom, sussurrando em seu ouvido:
-Encontre-me na Catedral de São Paulo.
Tom viu a moça correr para a catedral. Viu-a pela última vez na vida. Ele era judeu.

8 comentários:

  1. seguindo amor, você escreve bem pra caramba!

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  2. Tu escreve bem mesmo!
    HAHUAH, e que mancada LOL
    Até segunda na facul -q

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  3. Não gosto de histórias com um final não muito agradavel,porém essa é atual e realista, demostra o quanto o ser humano mesmo apaixonado da valor a valores impostos pela sociedade.
    É ENGRAÇADO DE TÃO TRAGICO!

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  4. eu penso q a geração Y ja esta mudando de agir ja um bom tempo, kerendo a gente ou ñ , mas eu ainda tenho respeito por algumas coisas da geração passada fez , pq na verdade nós da geração y tiramos ideia dessa geração então eu ainda axo q as gerções passadas tem grandes influencias no dia de hj

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  5. boom, sou do msm pensamento do Fáa... historias com finais tristes me emocionam... uahuahauhau. mas ta mtu bom Raffa... vc sera um ótimo teacher de portuga... um q coloke ordem no barraco! kkk

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  6. Lembro que comentei este conto tão logo ele foi escrito. É simples, claro, objetivo e com uma dramédia moderada. Sem muitos rodeios, conseguiu conquistar pela forma sucinta e graciosa. Acredito que o autor não tenha atingido seu ápice literário, mas conseguiu expressar bons sentimentos e está de parabéns.

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  7. Rafa Querido amei !!!!!! .

    Estou vivendo uma situacao parecida !!!!!Fiquei feliz de saber que meu principe virou um escritor e que quero estar na primeira da fila de autografos. beijos de Luz !!Vani.

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