Por ironia, ou simplesmente por alguma razão da vida, Luca estava hospedado no mesmo prédio que a garota encantadora, que da sua mente não saíra mais...
Aquele garoto fajuto, audacioso e extremamente inteligente estava como antes, porém com um grau de dificuldade, as suas lembranças por aquela garota de cabelos negros não saiam da sua mente, o impedindo de ler e estudar. Pela primeira vez Luca não estava com um livro nas mãos, e sem seus óculos, que usava somente para ler.
Nos corredores do prédio, podiam-se ver varias pessoas transitando com seus trajes de banho um mais diferente e estilizo que o outro, e claro, finalmente aquela garota que Luca havia avistado na praia estava lá, rodeada das suas amigas rindo como se fossem as garotas mais felizes do mundo. Elas estavam próximas do elevador, então qualquer um que saia de lá era possível avistar aquelas lindas garotas.
O elevador estava descendo, do visor era possível verificar o seu andar, 4, 3, 2, 1 e finalmente o Térreo, a porta se abriu e lá estava a família Salvatore, ao sair Luca olhando para todos os cantos pode ver finalmente aquela garota tão misteriosa novamente. Em sua mente era como se tudo parasse e ele só podia avistar aquela garota, que ao voltar-se para sua direção seus cabelos viraram de uma forma encantadora, aqueles segundos de admiração se tornou em um belo deslize, fazendo com que Luca tombasse no vaso de planta que se encontrava um pouco adiante do elevador.
Todos riram inclusive a garota, mas foi ela mesma que foi ajudar Luca, pegando-lhe em sua mão para que pudesse levantar. Pela vontade de Luca ele poderia ficar sentado segurando a mão dela por vários minutos, mas ela então disse a ele:
— Vai ficar sentado ai ou vai se levantar?
Ele meio sem graça e ainda admirado levantou e disse:
—Obrigado!
Então ela se apresentou:
— Olá, prazer, meu nome é Lola, e você como se chama?
Ele por um instante ficou encantado com ela, principalmente pelo fato de Luca ser muito tímido, ele ficou paralisado e a olhando, quando ela novamente o interrompe.
— Ei, não vai falar nada não? Perguntei qual é o seu nome!
— Desculpa, meu nome é Luca.
— Vamos venha nós vamos passear na praia.
Luca naquele momento sentiu-se como a sua vida estava preste-se a mudar, afinal estava com a garota com que estava sonhando e sentiu como se tivesse uma turma de amigos, que para Luca, amigos era somente os seus queridos e folhados livros.
Na praia a alegria daqueles jovens era tremenda, Thiago, Carol, Fran, e Roberto corriam com muita alegria e entusiasmos na frente, enquanto Lola e Luca iam andando na lentidão permitindo que as águas do mar tocassem seus pés. Luca não parava de admirar o rosto daquela linda garota, de fato Luca estava apaixonado. Ao que partia de Lola a garota suspirava por aquele garoto de cabelos arrepiados, pele branca, e inteligente, mas para ela, expor seu desejo de estar com Luca era algo que impunha medo, medo de não ser correspondida, de não ser desejada.
Os dois estavam se entendendo muito bem, sentados na pedra do alto de uma montanha que era possível ver o mar, e era o melhor local para quem gostaria de apreciar o pôr-do-sol, era de fato o melhor lugar para se estar. Aquela imagem do pôr-do-sol, Luca entrelaçando seu braço sobre Lola permitindo que eles ficassem totalmente agarrados apreciaram aquela imagem como dois verdadeiros apaixonados e namorados, Lola o encarou firmemente e Luca ao debruçá-la sobre o chão a beijou...
Talvez essa seja umas das razões mais complexas do amor, não se sebe como e nem onde ele acontecerá, o que temos é o prazer de sentir, pois o amor é assim, te dá à bicicleta mais não te ensina a andar...